Arquitectura historicista é o nome dado a um conjunto de estilos arquitetônicos que centrava seus esforços em recuperar e recriar a arquitetura dos tempos passados. As tendências revivalistas na arquitetura surgiram na Europa no século XVIII, atingiram seu auge no século XIX e chegaram até meados do século XX.
Dependendo da época e arquiteto, a arquitetura historicista foi mais ou menos fiel aos modelos do passado. Alguns arquitetos tentavam reproduzir fielmente os modelos antigos, enquanto que outros foram menos estritos. O revivalismo foi muito associado à arquitetura ecléctica, sendo muitas vezes arbitrário definir se uma obra pertence a um ou outro estilo. O ecletismo arquitetonico dedicava-se a misturar estilos antigos sem a rigorosidade da arquitetura revivalista propriamente dita. Apesar de usar formas do passado, tanto a arquitetura historicista como a eclética fizeram uso de técnicas modernas como as estruturas de ferro e, mais modernamente, de cimento e concreto.
O historicismo começa no século XVIII. Na Inglaterra surge nessa época a arquitetura neogótica, que atinge seu auge em obras do século XIX como o Parlamento Britânico. Também no século XVIII desenvolve-se no Norte da Europa a arquitectura neoclássica que, especialmente em sua última fase, resgata a severa harmonia dos templos greco-romanos. Estes estilos passaram rapidamente a outros países europeus e às Américas, e logo surgiram outros estilos revivalistas como o neo-renascimento, o neo-românico, o neomourisco, o neobarroco e outros.
Os estilos historicistas muitas vezes foram parte de movimentos de valorização e idealização da história nacional, assumindo um caráter nacionalista. Em Portugal, por exemplo, surgiu em meados do século XIX o neomanuelino, que revivia o estilo da época áurea das Navegações. No Brasil e em outros países da América Latina foi muito popular a partir dos anos 1910 até finais da década de 1930 o estilo neocolonial, que recriava os estilos vigentes durante a colonização